CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO
SENSU EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS
Liliane Dias Lima
Resenha
da obra Educação Infantil e registros de práticas
Autora:
Amanda Cristina Teagno Lopes
Lopes
inicia a obra conceituando o termo e o uso da palavra registro, através de uma
interlocução com diversos autores, levando em consideração as diferentes
linguagens e áreas de conhecimento, e os diferentes meios de registro,com o
foco principal na criança como produtora de marcas,sendo participativa na
construção de seu conhecimento,pois,o ato de registrar implica numa posterior
reflexão sobre o que foi identificado e nas ações a serem tomadas para
reconstrução do trabalho pedagógico.Outro ponto que merece destaque é sobre as
formas de expressão da criança nessa fase, que são representadas pelo desenho e
linguagem verbal que devem ser valorizadas como formas de registros,dessa forma,
o educador conta com maiores recursos para interpretar,analisar a realidade e
agir sobre ela.
O capitulo II repassa um
histórico da educação infantil na cidade de São Paulo e da educação brasileira,
as políticas e movimentos voltados para a valorização da educação infantil no
país,também trata da relação memória e suas relações com o registro.Relata as
experiências das professoras no passado e os documentos que eram utilizados
para registrar,tais como fichas avaliativas,fichas com conteúdos pré-estabelecidos,ou
com dados estatísticos,não havia a participação direta do professor para a
emancipação do aluno,pois a intenção de registrar era para fins burocráticos da
Instituição,o registro não era visto como forma de reflexão e melhora nas
práticas cotidianas.
No
próximo capitulo, a autora apresenta suas contribuições como educadora, suas
experiências com registros através de diários, portfólios de projetos, relatos
de atividades e os diversos materiais e recursos que ela utilizava. Dessa forma,
o objetivo do registro deixa de ser para cumprir as normas da instituição e sim
para valorizar e melhorar a sua atuação, investigar, questionar e transformar a
realidade a partir de novos encaminhamentos. Nesse sentido o registro não se
apresenta como um produto final e sim, possibilita uma leitura atenta dos
caminhos percorridos pelo educando, ajudando o professor a organizar suas ações
subseqüentes e, ainda, contribuindo para que a própria criança compreenda seu
processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Nas
considerações finais, Lopes faz suas considerações sobre o registro e sua
função emancipatória tanto para o docente como para o discente, e sua
importância para a produção de memórias e construção de conhecimento, o mesmo
funciona como instrumento formativo tendo o aluno como protagonista no processo
de ensino-aprendizagem.
A
obra é um valioso auxilio para os profissionais da educação Infantil, pois
orienta os educadores que não tem o hábito de registrar a como iniciar esta prática,
e para os que já trabalham com registros oferece novas possibilidades de
realizar a ação com uma grande variedade de formas e métodos. Estimula o
professor a ser autor, pesquisador e dar voz a seu aluno, mesmo sendo ele muito
pequeno, e a escola possuir dificuldades de estrutura e escassez de materiais. Como
alguns alunos ainda não verbalizam seus sentimentos e emoções, conquistas e
dificuldades, então, o registro apresenta-se como uma ferramenta rica e
diversificada, que documenta de maneira significativa todo o processo de
aprendizagem vivenciado pelo educando.
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